quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O rosto da opressão sexista



Por esses dias ouvi uma história assustadora e que merece nota. Aconteceu com uma família conhecida e me assustou pela barbárie e ignorância.
Um rapazinho de vinte e poucos anos foi visitar o irmão e sua família em Campinas, interior de São Paulo. Passando lá uns dias, decidiu sair com uma turma da sua idade, e com essa turma tomou conhecimento de um falatório. Sua sobrinha, uma das filhas do irmão visitado, estava sendo mal falada pela turma dos rapazes que o acompanhavam. Conversa de rapazes é aquela coisa:
- Vocês não vão acreditar... Eu comi fulana.
-Pô, sério?
-E beltrana?
-Ah, a beltrana foi eu que comi, diz um outro.
E aparece um terceiro:
-Opa... Eu também comi essa aí.
-Pera aí, eu também.
E disseram pro forasteiro:
-Olha, essa aí dá pra todo mundo. Come ela também, bicho!
-Opa, de quem se trata?
-A beltrana, filha do sicrano de tal.
-Mas pera aí, o sicrano de tal é meu irmão. Vocês tão falando da minha sobrinha.
Os garotos ficam em silencio, perplexos, embaraçados. Um deles toma coragem e se retrata:
-Desculpa aí, irmão, sem maldade. A gente não sabia.
O rapaz volta pra casa do irmão e decide dar um toque pro mano, pra ele defender a menina do falatório da molecada. Mas o pai da menina pega ela de pau, se tranca com a coitada no banheiro e corta seu cabelo careca. Se o tio, depois de muito esforço, não arrombasse a porta, o pai teria matado a menina de tanto bater. A menina tinha 14 anos e tava dando pra meio mundo, e o pai tomou essa atitude drástica diante da vergonha e indignação que teve por ter uma filha adolescente de vida sexual precoce e de tanta má fama na cidade.
A vó  paterna da menina fica sabendo do acontecido e não se conforma com a atitude do filho em relação à neta. Dá a maior dura no cara e diz que não quer ver a neta sendo tratada dessa maneira. Depois de criar os filhos e se ver à volta com os netos, cheia de experiência e ciente das coisas que dão ou não certo na criação de uma criança, a vó chama a menina pra uma conversa.
-Minha filha, você é muito nova pra transar. Isso faz mal pra saúde. Depois de velha você vai ficar com cara de mulher dadeira. Mulher que começa a dar cedo fica com uma cara estranha, de quem deu pra todo mundo.
Diante dessa historia eu fiquei atônito e pensativo. Em pleno século 21, depois de tanta história, é duro ver que as coisas não mudaram tanto assim, que de fato não evoluímos. Se fosse o filho do cara, que com 14 anos tivesse traçando todas as menininhas, será que o cara ia lhe raspar a cabeça careca e lhe dar uma surra? Era capaz de fazer uma festa pro menino, de levar ele no puteiro,ou de comprar camisinhas e falar:
-Vai lá, filhão, manda vara na mulherada.
E a vó, por mais cheia de boa vontade que tenha agido, na sua simplicidade de pensar que o sexo altera alguma coisa na feição da mulher já madura, o que diria ela pro neto, se dissesse alguma coisa? No máximo ia falar pro garoto não sair fazendo filho, pra se proteger de doença venérea e tal.
Conclusão da história: a menina não deve dar, porque é mulher. Se fosse homem podia comer, e à vontade, tomando alguns cuidados, é claro. Mas é mulher, e se der cedo vai ser reprimida como se tivesse cometido um crime de graves conseqüências. Eu não quero dizer que acho que os adolescentes devem ter a vida sexual precoce defendida ou resguardada; esse não e o ponto do texto, mas quero apontar para os enormes contrastes comportamentais no trato dos pais e responsáveis com meninos e meninas. O látego do machismo e do falso moralismo continua maltratando as mulheres, e desde muito novas, submetendo-as ao castigo e ao constrangimento, sejam físicos ou morais. O que será da futura vida sexual dessa menina? Quais as implicações psicológicas de tamanha violência e opressão?  Fica a dica para uma reflexão...


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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Papa Francisco é comunista, revela infiltrado no Vaticano


Publicamos abaixo texto enviado a nossa redação por jornalista brasileiro que nao se identifica. Nao nos responsabilizamos pelas afirmações do colaborador


Eu estava no refeitório, sentado, era hora do almoço. Aliás, o arroz integral do refeitório deles é muito saboroso, bem cozidinho, sabe? Nem parece comida integral.
O papa desce para as refeições todos os dias. Almoço e jantar. Parece até uma forma de se precaver de tentativas de envenenamento. Ele desce para o refeitório e come da mesma comida servida aos funcionários. E sempre se senta em um lugar diferente.
Eu estava ali por ocasião de uma matéria sobre freiras que engravidam e abandonam o celibato. Mas isso ainda não é matéria de publicação. Estou para soltá-la em breve.
Me passei por religioso e fui almoçar no refeitório. Sabe como é, sempre é bom economizar um vale refeição ou coisa do tipo.
Ah, sim, como dizia, o Papa adentrou o recinto em companhia de um assessor. Estava com sua veste habitual, muito cordial com todos. Se sentou na mesma mesa que eu estava. Eu tremia, nem acreditava. Um rapaz me apresentou como padre brasileiro e ele se ofereceu para se sentar ao meu lado.
-        
  -            _ Quiem és mejor, Maradona o Pelé?
-             -  O Pele é um tremendo reacionário, sua santidade. Prefiro o Maradona, que tem uma tatuagem do Che Guevara e é amigo pessoal do Fidel.
  - Yo también, hijo, pero nadie nos escucha.

Nem acreditei. Olhei para ele com surpresa. Principiamos a conversar animadamente. Ele afirmou estar a par do avanço conservador no Brasil. Disse que na Argentina há um uma movimentação muito parecida. Asseverou não morrer de amores pela presidenta Cristina mas se disse solidário com os peronistas
Foi uma conversa incrível. Na hora de ir embora ele disse que me mandaria uma caixa de alfajores portenhos. Com camada dupla de recheio, assegurou. Esfregou a mão na barriga, deu uma piscadinha e sorriu faceiro.


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