Publicamos abaixo texto enviado a nossa redação por
jornalista brasileiro que nao se identifica. Nao nos responsabilizamos pelas
afirmações do colaborador
Eu estava no refeitório, sentado, era hora do almoço. Aliás,
o arroz integral do refeitório deles é muito saboroso, bem cozidinho, sabe?
Nem parece comida integral.
O papa desce para as refeições todos os dias. Almoço e
jantar. Parece até uma forma de se precaver de tentativas de envenenamento. Ele
desce para o refeitório e come da mesma comida servida aos funcionários. E
sempre se senta em um lugar diferente.
Eu estava ali por ocasião de uma matéria sobre freiras que
engravidam e abandonam o celibato. Mas isso ainda não é matéria de publicação.
Estou para soltá-la em breve.
Me passei por religioso e fui almoçar no refeitório. Sabe
como é, sempre é bom economizar um vale refeição ou coisa do tipo.
Ah, sim, como dizia, o Papa adentrou o recinto em companhia
de um assessor. Estava com sua veste habitual, muito cordial com todos. Se
sentou na mesma mesa que eu estava. Eu tremia, nem acreditava. Um rapaz me
apresentou como padre brasileiro e ele se ofereceu para se sentar ao meu lado.
-
- _ Quiem és mejor, Maradona o Pelé?
- - O Pele é um tremendo reacionário, sua
santidade. Prefiro o Maradona, que tem uma tatuagem do Che Guevara e é amigo
pessoal do Fidel.
- Yo también, hijo, pero nadie nos escucha.
Nem acreditei. Olhei para ele com surpresa. Principiamos a
conversar animadamente. Ele afirmou estar a par do avanço conservador no
Brasil. Disse que na Argentina há um uma movimentação muito parecida. Asseverou
não morrer de amores pela presidenta Cristina mas se disse solidário com os peronistas
Foi uma conversa incrível. Na hora de ir embora ele disse
que me mandaria uma caixa de alfajores portenhos. Com camada dupla de recheio,
assegurou. Esfregou a mão na barriga, deu uma piscadinha e sorriu faceiro.
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