segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Colocando os fascistas pra correr / Como tratar bolsominions folgados


* Versão na íntegra e sem cortes de uma matéria que fiz pro site da Gazeta Revolucionária. Os companheiros fizeram uma edição do texto. Aqui segue a versão original


A Gazeta Revolucionária esteve presente, neste sábado, no ato em solidariedade e em defesa do estado operário de Cuba. O ato se deu em frente ao consulado cubano em São Paulo. Um ato convocado por organizações da esquerda brasileira que se dispuseram a proteger o consulado de um ato convocado pelo MBL, organização direitista dita liberal mas que está a serviço da disseminação de idéias reacionárias e anti-operárias; movimento financiado por grandes empresários.

O ato dos direitosos estava convocado para às 14h. A esquerda então convocou um contra-ato para às 11h. Muitas organizações políticas, sindicatos e movimentos populares compareceram. Eram cerca de 500 manifestantes. Muitas bandeiras, faixas de apoio aos médicos cubanos, etc. Um ato repleto de jovens, mas também com idosos e crianças, parlamentares e ex-parlamentares. Um ato bonito, com clima de camaradagem, um ato muito tranquilo.

Depois de algum tempo, viaturas da polícia chegaram fazendo alarde. Os policiais com armas nas mãos em atitude de intimidação. Ficaram lá um pouco e viram que a coisa estava sossegada. Foram embora.

O ato transcorria normalmente enquanto chegavam alguns manifestantes da direita. Ficaram à parte tirando fotos. Eram meia dúzia de gatos pingados. Começaram a chegar outros e, quando estavam em cerca de dez pessoas, principiaram a provocação. Um deles batia no peito e gritava algo que não conseguíamos ouvir. Aí o tempo fechou. Foi uma chuva de pancadas pra cima deles. Dois policiais de trânsito tentaram inutilmente conter a fúria dos vermelhos. Ao nosso lado vimos um mastro de bandeira sendo quebrado na cabeça de um deles. Eles recuaram. O mais valente quis encarar e sucumbiu debaixo de um bolo de gente que o cercou. Por fim correram e foram embora.

O ato em frente ao consulado continuou com a fala das organizações presentes. Foi um ato vitorioso. De nossa parte, não escondemos nossa satisfação com o desfecho que o ato tomou. Os fascistas tiveram o tratamento correto. Foram lá para provocar e saíram devidamente escorraçados. Foi uma desmoralização pra eles. E foi do jeito que deveria ser sempre. Com o fascismo não há conversa.

O movimento operário tem toda a razão em desbaratar a ação desses desclassificados. São mercenários do grande capital e devem se ver com o peso do movimento dos trabalhadores organizados.

Há indícios de que havia policiais infiltrados entre os manifestantes do MBL. E há informes de que gusanos estão sendo recrutados por eles para esse tipo de provocação.

Certa vez estávamos em um ato de solidariedade à Venezuela na USP, e o tal do Kim Kataguiri chegou com um venezuelano a tira-colo para tentar tumultuar o evento. Em vários eventos da esquerda eles tem comparecido com esse intuito.

O ato de hoje no consulado cubano em São Paulo mostra o que devia ser sempre o modus operandi da esquerda, colocar os fascistas pra correr, debaixo de violência física se for o caso.

Resultado de imagem para con fusão no consulado cubano

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Quem tá por trás do Bozo



A bolsa tá em alta. O mercado tá animado com o Bozo. A patronal tá se beneficiando largamente, né. Agora a bola da vez é a indústria das armas, que tá dando um up grade no Brasil. Mas fica por aí o otimismo.

A classe trabalhadora e o país como um todo perderão muito com esse governo. Os leilões de entrega do Pre-sal são só o começo, a venda da Embraer, enfim. Queda no salário mínimo, ataques ao funcionalismo público ao mesmo tempo em que os militares são protegidos, etc. A estrutura de desigualdades sociais abissais ganha mais uma boquinha com o governo Bolsonaro.

No bolso do trabalhador o dinheiro tende a ser mais escasso; o poder de compra vai diminuir, o endividamento das famílias vai seguir sendo dura realidade. É impressionante dizer, mas tem gente até passando fome no Brasil. Muito desemprego, trabalho precário.

A reforma trabalhista desferiu uma sequência de retrocessos em direitos históricos da classe trabalhadora brasileira. Esta se vê a cada dia mais desamparada de dispositivos sociais de inclusão. Mais do que nunca o Brasil volta a ser quintal dos Estados Unidos e república de bananas.

A recuperação econômica do pós-crise fica comprometida. E mesmo que o bolo crescesse, não seria dividido. A grana vai ser drenada pros EUA. A soberania nacional já era. Sorte nossa se esse governo não nos meter em mais uma espiral de crises.

A cúpula do bolsonarismo tá sendo obrigada pela realidade a fazer digressões em suas políticas. São muitas contradições em jogo. Não há como esses caras implementarem tudo o que desejariam. Mas vão querer fazer média com pautas "moralistas", vão apostar no populismo de direita que os levou ao poder. Em tudo isso eles tem teto de vidro. Tá ficando claro que também são corruptos, que querem se beneficiar pessoalmente do poder, com o que chamavam de velha política, troca-troca, movimentos escusos, nepotismo, enfim, toda essa gama de falcatruas a que estamos acostumados. Tudo isso permanece e inclusive piora. O que desmoraliza e desgasta esse governo.
Resultado de imagem para Bolsonaro. caricaturas
Importante notar a quem serve esse clã incrustado no poder. Não é que chegaram lá por coincidência do acaso. O governo Bolsonaro representa classes sociais, interesses específicos. É o peso da crise internacional que faz com que imperialismo e elites locais se organizem em torno de um grupo político de direita autoritária, justamente pra passar por vias legais a política econômica que os interessa, a saber, fazer do Brasil uma plataforma de lucro fácil, de superexploração da força de trabalho, de paraíso dos rentistas, das grandes corporações que se beneficiarão das privatizações.

Vendo nessa política a consumação de um ciclo, a elite daqui se associa como elemento oportunista e sócio-subordinado que nunca deixou de ser. Por isso a extensa corrente de apaniguados no parlamento e no governo, com bancada ruralista, centrão, MDB, etc. As classes sociais abonadas em torno da farra golpista.

Como dissemos, essa maracutaia toda tá ficando visível. A tendência é a dissolução gradual da base social em torno do bolsonarismo. São contradições demais pra se administrar. Já estão se queimando. Parcelas razoáveis da população já começam a se dar conta do estelionato eleitoral e dos iminentes riscos à economia nacional.

A luta de classes tá ficando acirrada. Os de debaixo começarão a se movimentar a medida que a vida começar a ficar insuportável. Os próximos meses serão intensos e determinantes.

FORA BOLSONARO!
FORA MILITARES!
FORA IMPERIALISMO!

Pela revolução brasileira e pelo socialismo!