poema
Colombinas, Pierros e Arlequinos
Salgados de frango,
mortadela, e aguardente de cana...
Rembrant pra puta que pariu!
Panis et circenses!
Lábios vultuosos
Virilhas depiladas
Me levem pelas mãos, irmãos
Cantem musicas de ninar
Cantem salmos de alegria
Quero mimos e gracejos
Quero doces e guloseimas
Depois o sono dos justos...
Vamos convidar as putas para
um café
Um capuccino
Um jogo de damas
Um xadrez de cinco minutos
Nessa Babilônia em que
eu vivo,
Onde bons quadros mofam nas
paredes,
Não adianta muito querer
ouvir citaras e oboés
Me engolem os leões
Me aniquilam
Me destroçam
Me ocultam o cadáver os
mórbidos vassalos do capital
Panis et circenses!
A euforia vem pra capitulação
dos soldadinhos
[ de chumbo?
Ela vem nua em pelo?
Ou vem cheirando feito carne
crua que aos animais
[ se joga?
Ah, irmãos, me beijem a
fronte
Despejem discursos languidos
nos meus ouvidos
Consolações pueris no meu
peito peludo
Vamos a forra?!
Eu bem sei que irão pra farra
Empreendedores de fartos
bacanais
A hora e dos sacerdotes
clownescos
Das pitonisas onanistas
Das hercúleas tarefas das
ninfetas
Os dias são sombrios,
mascarados
Mas tem alienação bem
travestida
Tem sacanagem gratuita
E cerveja barata
Tem poeta moralista
E auto-critica mal feita
Mulheres sorridentes e animadas
Panis et circenses...
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