quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Bolsonaro com os dias contados
Tá ficando difícil pra turma do Bozo. É muita contradição em jogo, muita coisa estapafúrdia no governo, uma crise econômica que eles não estão tendo como remediar...enfim...Tem a popularidade em queda, a mídia caindo de pau...Completo descrédito desses caras... Vai ficando insustentável.
Tem o distracionismo. É um elemento a se considerar se quisermos fazer uma ponderação razoável e uma análise detida. É o que já vínhamos apontando: as falas desvairadas dos ministros e dos filhos da família Bolsonaro que acabam por repercutir mais do que o próprio pacote de ajustes e privatizações desse governo dos ricaços. Claro que isso deve ser levado em conta. Não sabemos ao certo se é uma política deliberada, proposital. A priori, parece ser pura estupidez de um grupo imbuído de ideologia de ódio.
Mas é um perfil muito extremado, muito problemático. Um governo de crise permanente, de ataques a direitos básicos, civilizatórios. Tende a ser descartado. Não dura. Perde a serventia. E a classe política tradicional sabe bem disso e se movimenta pra ocupar esse vácuo.
O Bolsonaro foi uma medida de emergência das classes dirigentes dessa sociedade imersa em crises. O Bolsonaro não é o perfil político ideal das elites. Pode ser um Dória, um Huck... Não é o Bolsonaro. E isso apontamos a despeito da constatação de ser Jair Bolsonaro o presidente que agora coloca em curso a destruição das conquistas sociais da constituição de 88, dos direitos trabalhistas, etc, pavimentando o caminho da superexploração do nosso povo em favor da burguesia e do grande capital internacional.
Mas não se sustenta. É muito histriônico. Vai ser substituído por isso. Apesar de já haver aglutinado em torno de si uma base social que não deve ser ignorada. Contudo não é uma base suficiente pra mantê -lo na presidência.
Em determinado momento a própria burguesia pode colocar gente na rua pra derrubar o cara. Pode acontecer. Não é o caso agora.
Mas é perfeitamente possível que aconteça, à medida que Bolsonaro começa a atrapalhar o andamento comum da política de espoliação que as elites tem em mente. Pelo andar da carruagem, pode não terminar o mandato. Ele não tem habilidade política. Tá muito queimado. Ontem na cpi da fake news foi fritado.
Se o Bolsonaro ficasse na dele, caso se resignasse ao papel de um presidente normal, tipo Temer, com tranquilidade, sem arroubos, só passando a política econômica dos donos do poder...Mas não; Bolsonaro é um débil mental, um cachorro louco, um militante de extrema direita. Nisso reside a fraqueza e a vulnerabilidade de Bolsonaro.
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