quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Final melancólico

                       

Nada irá alterar o processo de decadência do PT. Teria que haver vontade política para isso. Mas o PT optou por outra via. Conciliação de classes, adaptação ao modo parlamentar-burguês de fazer política, degeneração programática, traição aos ideais de fundação do partido...Em tudo isso o PT incorreu. Encarou o golpe com um pacifismo de dar nos nervos de quem acompanhou o transcorrer da injustiça.

O que esperar agora? Que o PT faça o completo oposto do que fez até o momento? Não existe milagre em política. O processo está dado; resta aguardar o desfecho final. A depender da burocracia que ocupa o birô petista, o desfecho será melancólico. Sem resistência, sem sangue, sem quebra da ordem, sem povo na rua.

Trata-se do absoluto colapso da social-democracia tupiniquim, que tornou-se governo social-liberal, aliada de determinados setores da economia que nunca almejaram um real processo de desenvolvimento nacional, porque queriam lucro sem projeto político algum, bem como a cúpula petista não tinha projeto de transformação mas de poder. Deu no que deu. Passado o tempo, perderam a funcionalidade para o regime e foram proscritos. E proscritos continuam a ser ao passo em que fazem de tudo para costurar acordo que lhes permita continuar figurando entre as correntes políticas aceitas no métier golpista.

Em suma, um final melancólico, mas um final previsível. As condições econômicas do pós-crise, com queda na lucratividade da banca e o subsequente direcionamento para uma política macroeconômica de ajustes fiscais e enxugamento de gastos públicos, colocaram o PT à margem da viabilidade política atual, apesar do esforço do partido em se adequar. Isso porque o capitalismo em crise não permite conciliação alguma. O imperialismo quer o que de mais pró-imperialista tiver às mãos. E são mal-agradecidos os multi-bilionários que mandam no mundo.  Vão prender o Lula.

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