O Daciolo é um cara confuso. Mas não é má pessoa.
Ele é um híbrido de pautas progressistas na economia com conservadorismo no campo da moral e dos costumes. É um fanático, um cara meio obtuso nesse sentido.
Mas, repito, ele tem posicionamentos nacionalistas e trabalhistas.
O entendimento de moral e costumes dele reflete o moralismo religioso das periferias. No Brasil inteiro existe esse fenômeno atrelado às igrejas pentecostais.
E a despeito de tudo isso, o cara evoluiu pra um posicionamento nacionalista, de soberania nacional e de direitos trabalhistas.
O cara votou contra todas as reformas do Temer.
Votou a favor do golpe, é verdade. Um ponto a menos pra ele.
Mas denuncia o pagamento da dívida pública, defende auditoria, fala em defesa das estatais, contra a drenagem de recursos públicos aos monopólios e aos banqueiros, etc.
Ah, mas, Mário, ele é homofóbico!
A reserva do Daciolo com a comunidade gay é completamente de cunho moralista. Muito diferente do Bolsonaro e do fascismo comum alastrado por aí. O Daciolo não faz discurso de ódio. Prestem atenção nisso. É curioso que ele até fala de amor...
Daciolo é um cara ingênuo. Vide o discurso de teorias da conspiração, o anti-comunismo pueril, típico desse meio evangélico. Eu não consigo olhar pro Daciolo e sentir raiva. O Daciolo é coisa nossa! Eu prefiro muito mais ter um cara desse ao meu lado. É um cara sem maldade. Um maluco. E, desculpem, eu gosto dos malucos. Às vezes vejo muito mais sensatez e humanidade neles.
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