Quem está por detrás disso, levantando entre coxinhas a bandeira do Fora Temer e de novas eleições, sabe bem o que deseja colocar no lugar. Outra ingenuidade era pensar que o golpismo conformava um grupo homogêneo em torno a Temer, e que não houvessem disputas pelo poder entre a turma que deu o golpe no primeiro semestre.
Por falar em ingenuidades, outra delas seria acreditar na boa vontade dos procuradores do ministério público federal, que foram à mídia se fazer de coitadinhos após o congresso incluir a possibilidade de punição a magistrados em casos de excessos e perseguições.
O imbróglio não é de hoje, e vem na esteira de uma disputa intestina entre os poderes da república. Judiciário e legislativo, a despeito do complô criado em torno do golpe que ascendeu Temer à cadeira de presidente, andam em pé de guerra pra ver quem pode mais.
Para fazer uma analogia entre disputa política e xadrez, poderíamos dizer que o judiciário faz de tudo pra jogar como uma dama: quer executar o movimento que bem entender, na direção que bem lhe aprouver; quer dominar o jogo, coordenar a porra toda.

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